No livro Capitães da Areia do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os "Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30. Os meninos viviam em um velho trapiche abandonado, em uma espécie de "clã" onde todos se ajudavam, pois foram unidos pelo mesmo motivo, o abandono das suas famílias.
Capitães da Areia, é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Vivem todos juntos, um ajudando o outro, numa espécie de família onde o que prevalece e a lei do mais forte. O dinheiro que ganham são de pequenos roubos e de trapaças que realizam na cidade. Contam com a ajuda do padre José Pedro e de uma mãe-de-santo, Don'Aninha para ter uma referência de adultos e alguma orientação de valores.
O livro Capitães de Areia e o livro “De menino de rua a executivo”, do escritor e executivo Nestor de Almeida abordam a vida nas ruas. No livro do escritor Nestor de Almeida, ele escreve que não conheceu o pai, perdeu a mãe aos nove anos, tornou-se menino de rua, passou muita fome, foi vendido como escravo, aprendeu a ler escrevendo no chão, trabalhou na lavoura, entre outras coisas. Tornou-se executivo em uma das maiores empresas da America Latina, e é escritor e palestrante. Isso prova que mesmo na pior das situações o ser humano tem como superar as dificuldades e vencer, mas é necessário ter muita força de vontade e determinação.
Enfim, mesmo morando e crescendo nas ruas o ser humano tem sempre alternativa para vencer, porém é necessário querer mudar e sair daquela situação. As prefeituras disponibilizam abrigos, escolas, assistência médica. O governo tem alguns projetos que pagam para as crianças de baixa renda ir à escola. As famílias também ganham bolsa paga pelo Governo para ajudar no orçamento familiar. Não importa a situação financeira do individuo se ele tem um objetivo maior na vida ele conseguirá alcançar.