quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sempre Existe Escolhas


No livro Capitães da Areia  do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os "Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.  Os meninos viviam em um velho trapiche abandonado, em uma espécie de "clã" onde todos se ajudavam, pois foram unidos  pelo mesmo motivo, o abandono das suas famílias.
Capitães da Areia, é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Vivem todos juntos, um ajudando o outro, numa espécie de família onde o que prevalece e a lei do mais forte. O dinheiro que ganham são de pequenos roubos e de trapaças que realizam na cidade.  Contam com a ajuda do padre José Pedro e de uma mãe-de-santo, Don'Aninha para ter uma referência de adultos e alguma orientação de valores.
O livro Capitães de Areia e o livro “De menino de rua a executivo”, do escritor e executivo Nestor de Almeida abordam a vida nas ruas. No livro do escritor Nestor de Almeida, ele escreve que não conheceu o pai, perdeu a mãe aos nove anos, tornou-se menino de rua, passou muita fome, foi vendido como escravo, aprendeu a ler escrevendo no chão, trabalhou na lavoura, entre outras coisas. Tornou-se executivo em uma das maiores empresas da America Latina, e é escritor e palestrante. Isso prova que mesmo na pior das situações o ser humano tem como superar as dificuldades e vencer, mas é necessário ter muita força de vontade e determinação.  
Enfim, mesmo morando e crescendo nas ruas o ser humano tem sempre alternativa para vencer, porém é necessário querer mudar e sair daquela situação. As prefeituras disponibilizam abrigos, escolas, assistência médica. O governo tem alguns projetos que pagam para as crianças de baixa renda ir à escola. As famílias também ganham bolsa paga pelo Governo para ajudar no orçamento familiar. Não importa a situação financeira do individuo se ele tem um objetivo maior na vida ele conseguirá alcançar.



Crianças sofridas? Não! Verdadeiros marginais!


O livro Capitães de Areia aborda a crucial situação da violência assombradora das ruas de uma cidade da Bahia. A história revela como os meninos de rua tramam seus crimes oriundos de violência depravada. Há pessoas que julgam os Capitães de Areia como um grupo de amigos, ou melhor, como um grupo de crianças sofridas. Mas afinal, quem são os Capitães de Areia? São na verdade um grupo de verdadeiros marginais!
O livro conta detalhadamente crimes que os meninos cometiam, os quais eram planejados sem um pingo de compaixão. Este grupo de menores delinquentes fazia qualquer tipo de 'trabalho', desde furtos até mesmo infiltrações em mansões. Mesmo que em alguns momentos o autor tenta denotar uma outra realidade às cenas, mas não consegue porque o a questão da marginalização é mais forte.
A história do livro pode ser comparada com cenas do filme Tropa de Elite, devido ao tom agressivo dos acontecimentos, os intermináveis conflitos com a polícia, o mau caráter dos personagens principais, o cenário precário e a violência brutal. O livro, assim como o filme, causam ao leitor uma espécie de indignação com a sequência dos acontecimentos e a maneira como se desenvolvem – atos frios e calculados.
Concluindo, acredito que o livro foi bem escrito, mas ao mesmo tempo sua temática é pesada demais para a população. Além de instigar as pessoas a pensarem atos de violência, ele também é capaz de encobrir a maldade dos jovens somente por serem menores de idade. Eu jamais recomendaria este tipo de leitura, ainda mais se esta fosse ser praticada em escolas e por jovens.


Uma alternativa para sobreviver


No livro Capitães da Areia  do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os "Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30.  Os meninos viviam em um velho trapiche abandonado, em uma espécie de "clã" onde todos se ajudavam, pois foram unidos  pelo mesmo motivo, o abandono das suas famílias.
Capitães da Areia, é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Vivem todos juntos, um ajudando o outro, numa espécie de família onde o que prevalece e a lei do mais forte. O dinheiro que ganham são de pequenos roubos e de trapaças que realizam na cidade.  Contam com a ajuda do padre José Pedro e de uma mãe-de-santo, Don'Aninha para ter uma referência de adultos e alguma orientação de valores.
O livro Capitães de Areia e o filme Última Parada 174, abordam histórias de meninos que desde e cedo tem que sobrevir nas ruas, sujeitos a todos os vícios e perigos que as ruas podem oferecer. O motivo por escolherem a rua é porque em muitos casos são sofrem todo o tipo de violência na família ou em alguns casos nem chegaram a ter uma família, pois na maioria das vezes são abandonados em qualquer lugar. A rua é única alternativa para sobrevir, pois não têm opção nenhuma.
Enfim, em alguns casos a rua vira uma alternativa ou a única opção de sobrevivência de uma criança. Aprendem a se defender e buscam alternativas para poder se alimentar. As agressões são freqüentes, mas com o tempo também aprendem a lidar com isso. A verdade é quem acham que não tem escolha, a família não lhe deu escolha, a maioria acha que a vida se resume a viver na rua.  

Algo que todos deveriam ler!

Atualmente é comum ouvirmos, em diferentes mídias, matérias sobre a vida nas ruas, miséria nas grandes cidades, violência causada por menores de idade e marginalização. Para aprofundarmos ainda mais nossos conhecimentos nesta temática podemos utilizar bibliografias mais intensas, como é o caso do livro Capitães de Areia de Jorge Amado.
Este livro conta a história de um grupo de jovens que ao serem desprezados pela sociedade, principalmente por sua condição financeira e comportamento social, acabaram se unindo em uma cidade da Bahia. Como são menores de idade, eles precisam praticar crimes, como furtos, para se manterem.
A grande maioria das atitudes dos garotos é violenta. A primeira impressão que o grupo causava nas pessoas era temor, mas ao ler completamente o livro muda-se este conceito. O autor aborda o tema da marginalização sob um nova óptica, ele consegue levar o leitor a perceber a criminalidade sob uma nova perspectiva.
Jorge Amado é um ótimo escritor, mas particularmente eu ainda não havia encontrado nenhum de seus livros que me agradassem. No entanto, o livro Capitães de Areia me surpreendeu completamente. A história prende a leitura, fazendo nascer uma curiosidade por saber quais serão as novas e inusitadas aventuras dos meninos.
Com certeza eu indicaria a leitura deste livro! Mesmo possuindo um tema pouco chamativo, o livro foi brilhantemente desenvolvido por um dos grandes escritores de nossa literatura brasileira.