No livro Capitães da Areia do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937, retrata a vida de menores abandonados, os "Capitães da Areia", nome pelo qual eram conhecidos os "meninos de rua" na cidade de Salvador dos anos 30. Os meninos viviam em um velho trapiche abandonado, em uma espécie de "clã" onde todos se ajudavam, pois foram unidos pelo mesmo motivo, o abandono das suas famílias.
Capitães da Areia, é um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Vivem todos juntos, um ajudando o outro, numa espécie de família onde o que prevalece e a lei do mais forte. O dinheiro que ganham são de pequenos roubos e de trapaças que realizam na cidade. Contam com a ajuda do padre José Pedro e de uma mãe-de-santo, Don'Aninha para ter uma referência de adultos e alguma orientação de valores.
O livro Capitães de Areia e o filme Última Parada 174, abordam histórias de meninos que desde e cedo tem que sobrevir nas ruas, sujeitos a todos os vícios e perigos que as ruas podem oferecer. O motivo por escolherem a rua é porque em muitos casos são sofrem todo o tipo de violência na família ou em alguns casos nem chegaram a ter uma família, pois na maioria das vezes são abandonados em qualquer lugar. A rua é única alternativa para sobrevir, pois não têm opção nenhuma.
Enfim, em alguns casos a rua vira uma alternativa ou a única opção de sobrevivência de uma criança. Aprendem a se defender e buscam alternativas para poder se alimentar. As agressões são freqüentes, mas com o tempo também aprendem a lidar com isso. A verdade é quem acham que não tem escolha, a família não lhe deu escolha, a maioria acha que a vida se resume a viver na rua.
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